sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Martírio das Drogas

O Martírio das Drogas

 
Um problema sério que se alastra por todo o país.

Nas últimas décadas, o consumo de drogas aumentou de forma alarmante entre a população brasileira. Pessoas de todas as classes sociais – com ênfase nas camadas mais carentes – sofrem, na pele, os efeitos terríveis dos tóxicos. Dependentes químicos têm suas personalidades alteradas e muitos se tornam altamente violentos.

O problema é tão grave que tem provocado até mesmo assassinato em família.

Por mais que as autoridades, educadores e pais lutem para livrar os usuários do vício, o mal parece não ter fim, ao contrário, está cada vez mais fora de controle.

O crescimento do consumo de drogas pesadas nas metrópoles brasileiras tem trazido conseqüências trágicas para a sociedade. Muitos dos usuários, sob o efeito de maconha, da cocaína, do crack, êxtase e até mesmo da heroína (droga que entrou com mais freqüência recentemente no país) têm se transformado em criminosos.

Para o escritor e pesquisador de temas sociais Ib Teixeira, que trabalhou durante longo tempo na Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), a relação entre drogas e criminalidade é indiscutível.

Þ ‘Na cidade do Rio de Janeiro, entre 1942 e 1990, os assassinatos saltaram de 3,8% para 59% por grupos de 100.000 habitantes. Isso significa um crescimento de 1.458%. Nos 20 anos que marcaram a invasão da cocaína no mercado brasileiro – entre 1970 e 1990 – verifica-se a seguinte evolução dos homicídios por grupos de 100.000 indivíduos:

1970
8,67 %
1980
17,33 %
1990
59 %

- esclarece o pesquisador, Ib Teixeira.

Vidas Destruídas Pelas Drogas

A droga tem efeito devastador e acaba transformando-se em compulsão. O resultado é a destruição do indivíduo e o terror na família.

Em São Paulo, a questão da violência motivada pelo uso de drogas também é muito grave. Após a invasão da cocaína e do crack, o número de homicídios saltou de 2.300 (1980) para 13.000 (1998). Um crescimento, portanto de 465%.

Hoje, por incrível que pareça, o Brasil registra mais homicídios provocados pelas drogas do que a própria guerra civil colombiana. – enfatiza Ib Teixeira.

Enfim, a decadência moral e até assassinatos em família degradam a sociedade, e os índices são cada vez mais assustadores.

Por trás das estatísticas, a realidade cruel dos viciados...

Recentemente, Manoel Moraes, de 23 anos, sob efeito de drogas e armado com um pedaço de madeira, aplicou uma surra na irmã de 17 anos – também usuária de drogas e álcool – e, matou a pauladas sua sobrinha, um bebê de dois meses. A família não sabe o paradeiro do criminoso, que está sendo procurado pela polícia. O crime aconteceu em Cuiabá (MT).

No rastro dos crimes provocados por consumo de entorpecentes, a violência tem se repetido cada vez mais.

Em São Paulo, o aposentado Amador Cortilline, de 68 anos, deu um tiro no próprio filho, o digitador Rodrigo, de 26 anos, viciado em cocaína desde a adolescência. Desesperado por ter cometido o crime em função de não suportar mais os problemas domésticos causados pelo filho drogado, resolveu se entregar.

O aposentado ficou transtornado ao saber que seu filho ameaçara matar a própria mãe. Um dos irmãos do dependente químico morto, admitiu ter sido um alívio para a família a morte do irmão. Após o fato, o aposentado Amador, recusou-se a comer e passou a tomar remédios para dormir. Acabou morrendo 25 dias depois de infecção generalizada.

Envolvimento do filho com as drogas faz o rei Pelé viver drama

No dia 7 de junho de 2005, chorando muito após saber que seu filho, o Edinho, 34 anos, fora preso por envolvimento com drogas, Pelé disse que talvez tenha trabalhado demais, mas sempre deu muito carinho aos filhos.

Crianças: As Maiores Vítimas


Estudos patrocinados pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) e elaborado desde 1987 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) revela que crianças com 10 anos de idade começam a ter contato com algum tipo de droga.

Dentre as piores drogas conhecidas estão a cocaína e a heroína – uma variação da morfina, que por sua vez varia do ópio, obtido de uma planta denominada ‘papoula’. A heroína é uma das mais prejudiciais drogas de que se tem notícia. Além de ser extremamente nociva ao corpo, causa rapidamente dependência química e psíquica, assim como o ‘crack’ e os comprimidos de ‘ecstase’ ou ‘extase’, utilizados nas festas ‘raves’ ou nas noitadas de ‘baladas’ regadas a músicas eletrônicas.

Essas drogas agem como poderosos depressores do sistema nervoso central. O estudo também mostra que 12,7% de jovens na faixa etária de 10 a 12 anos já usaram algum tipo de droga (álcool, cola de sapateiro, benzina, tinner, cheirinho da loló, lança perfume, maconha, chá de cogumelo ou de trombeta, etc...).

A situação é pior no Sudeste, onde 15,1% dos jovens já experimentaram algum tipo de entorpecente. O primeiro uso da maconha ocorre em média aos 12 e 13 anos de idade, ou menos, dependendo da situação geográfica em que a criança tenha residência (favelas, por exemplo), e o da cocaína, aos 14 anos, em média.

O Estudo mostrou que a maioria dos jovens que já utilizaram droga ao menos uma vez na vida é pobre: 71,6% são das classes C, D e E.

A pesquisa mostra que estudantes, após fazer uso de drogas, estão mais defasados na escola em comparação aos que nunca haviam experimentado esse tipo de substância. Entre os jovens que relatam não fazer uso ou consumo pesado de drogas, a maior parte mantém um bom relacionamento com os pais e os pais se relacionam bem entre si.

De acordo com esse estudo, o fato de os pais serem autoritários ou liberais pouco influiu no consumo de drogas dos filhos.

Fonte: O Portal do Saber
 

Saúde da Mulher: Não Deixe de Fazer o Exame

Cancro do Colo do Útero (citologia)


Qual o objetivo da Citologia ou Exame de Papanicolaou?

O objetivo da citologia (Exame de Papanicolaou) é reconhecer as lesões pré-cancerosas do colo do útero. Estas lesões não causam qualquer sintoma específico e, por isso, só são possíveis de diagnosticar se a mulher fizer uma citologia com regularidade. O tratamento das lesões pré-cancerosas é simples e eficaz, e é o único caminho para evitar o aparecimento do cancro do colo do útero.

O que é o colo do útero? O colo é o segmento do útero que fica em contacto com a vagina. É revestido por dois tipos de tecidos: 

1. o epitélio colunar, que reveste o canal que liga o útero à vagina (endocolo) e é composto por uma única camada de células; 

2. o epitélio escamoso que reveste a parte externa do colo (exocolo) e é composto por várias camadas de células. 

Em condições ideais estes dois tecidos - o colunar e o escamoso - encontram-se no orifício externo do colo - junção escamo-colunar - ponto muito importante, pois é aqui que pode desenvolver-se o cancro do colo do útero.


Qual a importância das "feridas" do colo?

As lesões benignas do colo do útero, correntemente chamadas de "feridas", são muito comuns. Quase todas as mulheres têm uma "ferida" no colo do útero. Na maior parte dos casos não merece qualquer preocupação ou tratamento. O ideal seria que a junção escamo-colunar estivesse sempre no orifício externo do colo, mas isso raramente acontece. Por conseqüência da vida sexual, por influência hormonal ou outras, o epitélio colunar extravasa para o exocolo e arrasta consigo a junção escamo-colunar. Dá origem a uma 'ferida" do colo, como é comum dizer-se.


Como aparece o cancro? O cancro do colo é uma doença relativamente freqüente. A parece e desenvolve-se em silêncio, sem qualquer sintoma próprio. As células da zona de junção escamo-colunar podem ser alteradas pela ação de vírus transmitidos através das relações sexuais, pelo tabaco e outros agentes, que as transformam lenta e progressivamente no caminho do cancro. Nessa negra viagem passam primeiro por uma fase pré-cancerosa, que terminará no cancro se não for detectada e tratada a tempo e horas.

Quem corre perigo? Todas as mulheres com relações sexuais correm risco de cancro do colo do útero. O risco pode aumentar quando teve a primeira relação muito jovem, se fuma, se teve mais de um companheiro, se tem ou já teve doenças de transmissão sexual.

Como pode ser detectada uma célula pré-cancerosa? A citologia (Exame de Papanicolaou) é o exame através do qual se podem detectar as células pré-cancerosas do colo do útero e assim evitar o cancro. O seu médico assistente pode fazer-lhe uma colheita de células para o Exame de Papanicolaou. A citologia serve para verificar se as suas células são normais ou anormais. É um exame simples e completamente indolor.


A Citologia é um teste muito simples, indolor, que faz parte do exame ginecológico e pode salvar a sua vida.

Faça o exame pelo menos de 3 em 3 anos.

O que fazer com uma citologia anormal? Se o seu exame revelar células anormais, não se alarme. Qualquer lesão pré-cancerosa tem um tratamento simples e seguro. O seu médico assistente é a pessoa mais indicada para lhe explicar o resultado do exame e dar as instruções necessárias. Uma consulta de ginecologia é indispensável.

A consulta de ginecologia – O ginecologista vai observá-la com um colposcópio. Ele vai fazer-lhe um exame igual aos que já conhece, só que vai utilizar um microscópio para poder observar com mais pormenor o colo do útero. Com a ajuda do colposcópio vai verificar se tem qualquer lesão pré-cancerosa e, caso seja necessário, ele fará uma pequena biópsia para chegar ao diagnóstico. Esteja tranqüila, pois estes procedimentos não lhe provocarão grande incomodo.


O Colposcópio: Com o colposcópio o ginecologista verá o colo do útero com mais nitidez. O diagnóstico é mais seguro.

Qual é o tratamento de uma lesão pré-cancerosa? Estas lesões têm vários graus de gravidade - I, II e III - até chegar a cancro. Há vários tipos de tratamento, que têm indicações variáveis conforme o tipo de lesão em causa. Em geral são tratamentos muito simples, realizados no consultório em 15 a 30 minutos. Não lhe provocam grande desconforto e são altamente eficazes.

Como e quando fazer a citologia? A citologia pode ser realizada pelo seu médico assistente. Se tem relações sexuais deve fazer o exame, seja qual for a sua idade. Caso o resultado seja normal deverá repeti-lo pelo menos de 3 em 3 anos, até aos 65 anos.

a informação constante desta página foi reproduzida,
mediante permissão, de um guia sobre Citologia,
escrito pelo Dr. Daniel Pereira da Silva,
Diretor do Serviço de Ginecologia do IPO de Coimbra