domingo, 2 de março de 2014

A Grande Importância da Salvação


A Grande Importância da Salvação



O ministério de Jesus consistiu em buscar e salvar o que se havia perdido “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” ( Lc 19:10 ).

Ora, há uma grande contradição entre o que Jesus disse, e o que apregoam os adeptos da livre graça, visto que, Jesus veio em busca do que havia efetivamente perdido.

Porém, o que se verifica nas escrituras é que todos os homens se perderam, e que Cristo veio buscá-los e salvá-los.

Depreende-se do texto, que efetivamente os homens se perderam em Adão, e que Jesus veio em busca dos perdidos, e não de salvos ( Lucas 19:10 ). 

Ou seja, Jesus não estava em um faz de conta, buscando alguém que aparentemente estava perdido, mas que, em última instância, nunca esteve perdido, conforme apregoam os seguidores da teológica da ‘livre graça’.

Jesus veio salvar homens perdidos em consequência de uma condenação anterior. Sem contradição alguma! Primeiro os homens perderam-se em Adão, para depois ser oferecido por Deus redenção gratuita.

Deus nunca mandou os homens para o inferno como base na sua soberania, como se fosse um tirano. Antes, todos os homens foram julgados e condenados em Adão. Segundo a condenação em Adão é que os homens seguem à perdição.

Ora, Deus amou o mundo de tal forma que deu o seu Filho Unigênito, pois todos estavam debaixo de condenação. 

Ora, todos os que morrerem sem salvação evidenciaram a justiça de Deus, pois os condenados à morte seguem para a morte eterna “Mas se a nossa injustiça faz surgir a justiça de Deus, que diremos? Será Deus injusto, trazendo ira sobre nós?” (Romanos 3:5).

Ora, o amor de Deus em conceder o seu Filho não invalida a sua retidão e justiça: não é porque Jesus morreu em resgate de todos os homens, que os que estão sob condenação não serão punidos. Deus não faz acepção de pessoas, a alma que pecar essa morrerá, e o culpado não será tido por inocente.

O amor de Deus é evidente pela oferta de Cristo na cruz do calvário. Muito mais evidente é o amor porque ele morreu por pecadores. 

Aos que creem é oferecido uma nova vida, pois a ‘vida’ herdada de Adão não subsiste ao juízo de Deus: deve morrer e ser sepultada com Cristo.

Deus é justo, e todos que nascerem segundo a vontade da carne, vontade do sangue e vontade do varão, compartilham da natureza do homem terreno, e, são, portanto, condenáveis diante de Deus pela desobediência de Adão “Pois assim como por uma só ofensa veio a juízo sobre todos os homens para condenação…” (Romanos 5:18).

A salvação é oferecida hoje (agora), uma vez que:
  • o amanhã não pertence ao homem;
  • o juízo já ocorreu e todos os homens estão condenados, e necessita de salvação ‘hoje’;
  • se a condenação fosse no futuro, somente após a condenação teria razão oferecer redenção;
  • antes que houvesse mundo não houve oferta de salvação, nem por eleição e nem por predestinação.
Seria um contra senso Deus conceder salvação ao homem tendo em vista um juízo e uma condenação que ainda não havia ocorrido. 

Porém, Jesus veio em busca daquele que se havia perdido, porque todos juntamente se extraviaram, e não havia quem buscasse a Deus.

Jesus não veio julgar a humanidade porque todos já estavam debaixo de condenação “Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo” (João 8:15). 

Caso Jesus declarasse juízo sobre os homens, estaria invalidando o juízo estabelecido no Éden “E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo” (João 12:47).

Jesus é claro em demonstrar a condenação dos homens que Ele veio salvar: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado…” (João 3:18).

Ora, é plausível considerar que Deus determinou aqueles que haveriam de ser salvos antes que houvesse mundo através da sua soberania ou da sua onisciência, se os homens ainda não haviam se extraviado?

Ora, Adão era livre em todos os aspectos, e se ele não tivesse comido do fruto?

Ora, Deus é sabedor de todas as coisas pela sua onisciência, no entanto, jamais obrigaria Adão a comer do fruto proibido. Como determinar de ante mão quem seria salvo, se nem mesmo havia alguém perdido?

Considerando que Deus a ninguém oprime, temos que a soberania e a onisciência de Deus não leva ninguém a tomar decisões contra a sua própria vontade “Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça” (Jó 37:23).

Deus soube que o homem haveria de pecar, e soberanamente não interferiu na decisão do homem. Antes, Deus abriu uma nova porta em Cristo, o último Adão, para que os descendentes do primeiro Adão percebessem através da mensagem do evangelho que lhes é necessário decidirem pela salvação.

Sem oprimir ninguém a fazer escolhas, Deus soberano dá continuidade ao propósito eterno de fazer convergir em Cristo todas as cosias. 

De que se queixará o homem? Dos seus próprios pecados! O homem foi criado fadado a pecar? Não lhe foi dado o livre arbítrio?

A salvação é para quem está perdido. A salvação (é depois da perdição) é posterior à perdição, segundo o propósito eterno, que é anterior a perdição. 

Segundo o propósito eterno o Cordeiro foi morto, para que Ele recebesse glória e honra acima de todo o nome “Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Apocalipse 5:12).

“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8).

A salvação não é através da oferta do Cordeiro, se não todos indistintamente seriam salvos. A oferta do cordeiro é segundo o propósito eterno, para que Cristo recebesse poder e honra acima de todo o nome que se nomeia.

A salvação é para aqueles que tornam-se participantes da carne e do sangue do Cordeiro, pois pela fé morrem, são sepultados e ressurgem com Cristo uma nova criatura “Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” (Romanos 14:9).

A morte e a ressurreição de Cristo foram para estabelecer o seu Senhoril sobre mortos e vivos. Mas, na ressurreição é que os perdidos encontram refrigério “Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo” (1 Pedro 3:21).

Deus não salvou ninguém na eternidade, pois a salvação é para o tempo dos homens que se chama ‘hoje’. ‘Agora vos salva’, ou seja, na eternidade Deus não determinou e não predestinou ninguém à salvação.

O apóstolo Paulo ao interpretar o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: “Assim diz o Senhor: No tempo favorável te ouvirei, e no dia da salvação te ajudarei, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, para restaurardes a terra…” (Isaías 49:8).

Demonstra que, aqui e agora é o tempo aceitável de Deus. Ou seja, Ele não aceitou ninguém na eternidade como diz a ‘visão monergista’ ou o ‘evangelho’ segundo Calvino e Armínio. 

Se Deus houvesse predestinado ou escolhidos alguns para a salvação, ‘eis aqui agora’ não seria o tempo da salvação (2 Coríntios 6:2).

Isto demonstra que na eternidade foi estabelecido o propósito eterno de Deus para que em tudo Cristo tivesse a preeminência. 

Segundo o seu eterno propósito, os que creem em Cristo para salvação, ou seja, que aceitam beber da água que faz uma fonte que jorra para a vida eterna são eleitos para serem conforme a imagem de Cristo, co-herdeiros com Cristo, e Ele primogênito entre muitos irmãos.

Na eternidade não há salvação, se HOUVESSE, os anjos caídos seriam salvos. Na eternidade Deus não salvou e nem salvará, pois a salvação de Deus é revelada para o tempo que se chama hoje. 

Os perdidos que morrerem seguem para o juízo de suas obras, pois já estão debaixo de condenação eterna. 

Mas, para aqueles que morrerem com Cristo (quando creem), ressurgem uma nova criatura, onde o propósito de Deus cumpre-se e seguem para a eternidade participante da vida em Deus.

É por isso que o apóstolo Paulo ao escrever a Timóteo demonstrou que Deus nos salva no tempo que se chama ‘hoje’, no momento aceitável. 

É preciso dar ouvido ao convite do Pai Eterno que o evangelho apresenta: “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações…” (Hebreus 3:7).

A voz do Espírito ressoa ‘hoje’, e quem ouve pode aceitá-lo ou não. Mas, aqueles que ouvem e não resistem ao Espírito são salvos. 

Os salvos são chamados com uma santa vocação, segundo o propósito eterno que é a preeminência de Cristo, e são constituídos filhos de Deus, santos e irrepreensíveis “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos” (2 Timóteo 1:9).

Aceite o sacrifício de Jesus Cristo, feito por você, na cruz do calvário e seja salvo hoje, agora! 

Confesse a Jesus Cristo como o seu Salvador e seja livre da condenação, hoje! Agora!

Testemunhe a graça e a misericórdia de Deus sobre a sua vida e seja justificado pelo precioso sangue do cordeiro que tira o pecado do mundo! Hoje! Agora!

Pastor Gil Corrêa
Diretor e Pesquisador
O Portal do Saber
Ministério Adonai
2014