Piercings – Liberdade, Modismo ou Escravidão?
Alguns
jovens de hoje estão se deixando influenciar pelo modismo do mundo. Piercings
estão cada vez mais comuns em nossos dias. Algo que há menos uma década era
olhado com reprovação e preconceito, é hoje visto em homens, mulheres, jovens e
até crianças.
Se a
sociedade parece estar aceitando esses adereços cada vez com mais naturalidade,
os cristãos parecem confusos a respeito. Afinal de contas, a questão da
aparência ainda é assunto de grande discussão e controvérsia em muitos círculos
evangélicos.
A
primeira coisa que precisamos ter em mente quando o assunto é aparência
pessoal, é que se trata de algo que muda com o tempo e com o lugar. Usos e
costumes estão diretamente ligados à cultura.
Basicamente
uma cultura é formada por três elementos: cosmovisão (a maneira como o povo vê
o mundo), sistema de valores (o que é importante para aquele povo) e normas de
conduta (o modo como o povo se comporta, e isso diz respeito tanto à
vestimenta, como ao modo de se relacionar com os outros, etc.).
Culturas
são diferentes de acordo com sua cosmovisão, valores e normas de conduta.
Arrotar em público após uma refeição é totalmente aceitável (e até louvável) em
certas culturas, e repugnante em outras.
Uma
mulher com os seios à mostra é normal em muitos países da África (onde a mesma
mulher não pode exibir as pernas acima do tornozelo) enquanto que o mesmo é obsceno
em outras partes do mundo.
Beijar
na boca em público é normal aqui no Brasil, mas pode levar alguém à cadeia em
certos países islâmicos. Nestes mesmos países islâmicos, um homem não pode
andar de mãos dadas com sua esposa, mas pode andar de mãos dadas com outro
homem.
No
Ocidente tal prática evoca ideias de homossexualismo. E por aí vai. Todas essas
coisas são formas de expressão cultural. Podem ser um insulto ou algo
escandaloso para os de fora (que não fazem parte da cultura), mas não são
necessariamente erradas para quem é daquela cultura.
O
fato é que nenhuma cultura é totalmente igual à outra e nenhuma cultura está
acima da outra. João viu no céu povos de todas as tribos, raças, línguas e
nações (grupos étnicos). Todas as culturas possuem elementos que precisam ser
valorizados e outros que precisam ser transformados pelo Evangelho.
Sendo
a aparência pessoal é uma questão de expressão cultural, esta aparência também
muda de acordo com a cultura. Pinturas na face e no corpo estão presentes em
diversas culturas. Na Polinésia, os nativos usam a tatuagem para escrever sua
história familiar no corpo.
A
tatuagem e o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam
piercing, brincos e outras formas de alteração do corpo (body modification ou
simplesmente bod mod).
O
problema é que o mundo está ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais
uma aldeia global. Esta globalização faz com que certos costumes que antes só
eram vistos em algumas culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a
se tornar moda em todo o mundo.
A tatuagem de henna é um exemplo recente desta
realidade. E quem são os responsáveis pelo lançamento da moda em nosso mundo
dominado pela MTV e Internet? São os artistas, músicos e cantores. São eles
quem fazem a moda.
Foram
os Beatles que popularizaram os costumes orientais no Ocidente. A popularização
do piercing foi em 1993 com o vídeo clip "Cryin", do Aerosmith, onde
Alicia Silverstone apareceu com um piercing no umbigo. Uma banda de rock, uma
balada romântica, uma jovem atriz linda.
Elementos
essenciais para fazer a moda pop ou cultura pop, que nada mais é do que uma
mistura de culturas e costumes do mundo pós-moderno.
Leornard
Sweet, professor metodista e um dos mais interessantes pensadores cristãos de
nossa época, comenta sobre tatuagens e piercings em seu e-book recente The Dawn
Mistaken For Dusk. Ele diz que a razão pela qual "bod mod" é o
assunto nº 1 nas listas de discussões e bate-papos de jovens cristãos com menos
de 20 anos nos EUA é que isso faz parte da cultura jovem pós-moderna atual (e
quase global), uma cultura onde a imagem é altamente valorizada.
A
ironia disso tudo é que cirurgias plásticas e implante de silicone são coisas
cada vez mais aceitas pelos cristãos modernos. Tem personalidades famosas do
mundo evangélico brasileiro com o corpo siliconado.
Todavia,
como diz Sweet, "Cirurgia plástica é uma forma severa de alteração do
corpo. Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?" Os que defendem o
uso de piercing, citam texto na bíblia como na história de Eliezer que deu a
Rebeca uma argola de seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing?)
e, após fazer isto, ajoelhou-se para adorar a Deus (Gn.24.22,47).
Os
que defendem dizem que se o primeiro ato fosse pecado ou considerado pagão, então
Eliezer não teria adorado a Deus em seguida. E acrescentam que no livro de
Êxodo, percebemos que as mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os
quais foram oferecidos como oferta dedicada ao Senhor para a construção do
Tabernáculo.
Novamente,
acham que Deus não aceitaria de seu povo ofertas que representassem costumes
pagãos. E mais o texto mais intrigante se encontra em Ezequiel 16, onde o
próprio Deus diz que adornou Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas
para o nariz e brincos para as orelhas. Ao
que parece, tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.
Uma
vez que a Bíblia parece não condenar o uso de piercing, por que deveríamos nós?
Nosso
desafio não é condenar, mas orientar as pessoas (principalmente os jovens) para
os riscos que existem em fazer estas coisas sem uma orientação profissional e
cuidados de higiene e saúde.
A
pessoa está consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e
"efeitos colaterais" diante da sociedade? Está consciente de que
algumas alterações são irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de
reversão, podem deixar marcas para o resto da vida?
Mais
ainda, precisamos falar sobre questões de identidade, valor pessoal e
auto-imagem. Pois são estas as questões mais importantes para quem está
considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica no nariz,
implantar silicone nos seios, colocar um piercing ou fazer uma tatuagem.
Mas
os que denunciam tal prática, explicam inclusive os significados dos Piercings
nas partes do corpo mais comumente utilizadas para sua colocação e seu reflexo
no mundo espiritual, visto que as partes do corpo citadas abaixo têm uma
influência muito grande na vida das pessoas, na área da fala, visão, gestação,
sexualidade, sensualidade e outras, além de denotarem os chamados "chacras
energéticos".
Segundo
estudos feitos por pastores, estes são os significados:
1. O
Piercing colocado no NARIZ significa DOMÍNIO e seu sentido no mundo espiritual
é uma distorção do caráter e um direcionamento que causam rebeldia e uma autoconfiança
muito exacerbada.
2. O
Piercing nas SOBRANCELHAS dá vazão para um APRISIONAMENTO DA MENTE, causando um
bloqueio na mente de quem os usa. Para essas pessoas nada tem grande
importância principalmente na vida espiritual.
3. O
Piercing nas ORELHAS significa APRISIONAMENTOS EM ÁREAS ESPECÍFICAS do corpo.
4. O
Piercing no UMBIGO. Um dos piercings que estão mais na "moda" é
colocado no umbigo. Este está na área destinada a ALIMENTAÇÃO. Serve como um
local de canalização de espíritos satânicos no corpo de quem os usa. Ele
representa a exposição do corpo, visto que as pessoas que os usam gostam de
deixá-los à mostra.
5. O
Piercing nos LÁBIOS significa um DOMÍNIO NA FALA; assim como o que é colocado
na gengiva. As pessoas que os usam estão propensas a ter insegurança nessa
área, dificuldades para uma boa comunicação, etc. Seu significado na vida
dessas pessoas é como de um cabresto e pode ser representado na forma de
gagueira. A diferença entre o colocado nos lábios e o que é colocado na
gengiva, é que o segundo representa a LUXÚRIA.
6. O
Piercing nos órgãos genitais traz como significa principal a PROSTITUIÇÃO. Ele
pode causar um estímulo intra-uterino para atuação de espíritos nessa área
causando esterilidade e outros problemas nas mulheres e, também, nos homens.
Ele trás uma atuação na área da prostituição na vida das pessoas que o
utilizam.
Os
que denunciam, afirmam que nem sempre as pessoas com esses tipos de piercings
estarão manifestando esses sintomas que foram ditos. Não, nem sempre. Mas no mundo
espiritual elas estão aprisionadas de alguma forma por essas marcas que elas
carregam no corpo.
Pois
está escrito que "Não farão os sacerdotes calva na cabeça, e não raparão
os cantos da barba, nem farão lacerações na sua carne". (Levíticos 21:5.)
E também: "Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso
corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor." (Levíticos 19:28.).
Declarações:
"... sinônimo de revolta e independência..."
(frase de um tatuador).
"Fruto
do exibicionismo, da loucura ou da simples vontade de se ornamentar, os anéis
corporais foram trazidos da cultura underground da costa da Califórnia (USA) e
do universo sadomasoquista, por jovens sem preconceitos, que viram nele uma
nova forma de exaltar o corpo e as suas zonas erógenas. Outrora os anéis
corporais tinham conotações sagradas, dramáticas e classicistas." Carmen Martín.
"Vários
ex-satanistas afirmam que um dos principais sinais de uma sociedade estar
adotando o satanismo é o aumento no número de pessoas que usam piercings e
tatuagens. Em Deuteronômio 14:1 e Levítico 19:28, Deus proibiu a tatuagem, pois
andava de mãos dadas com a adoração a Satanás entre os povos vizinhos de Israel
naquele tempo. Deus proíbe a perfuração do corpo em Levítico 21:5, igualmente
porque era parte do satanismo daquele tempo, e Deus não queria que Israel
tivesse nada a ver com essas práticas ou outras manifestações físicas
delas."
(http://www.espada.eti.br/n1514.asp)
Todos
os Piercings indianos são dedicados a deuses e/ou ídolos regionais e
territoriais. A partir do momento que você coloca um Piercing em seu corpo você
está sujeito a uma atuação demoníaca, mesmo que você não queira ou não saiba
que isso vai acontecer. O diabo não está nem um pouco interessado em saber qual
é a sua intenção, ele não quer saber se você sabe ou não o significado do que
você está fazendo; ele apenas usa suas artimanhas para se apoderar da sua vida.
Pastor Gil Corrêa
Diretor e Pesquisador
O Portal do Saber
2014