quarta-feira, 7 de maio de 2014

O Bezerro de Ouro dos Nossos Dias

O Bezerro de Ouro dos Nossos Dias


O bezerro de ouro dos nossos dias tem sido, principalmente, a busca das bênçãos financeiras... A Prosperidade... A Riqueza...
A igreja evangélica brasileira vive um momento que nos remete aos tempos do Velho Testamento, mais propriamente um episódio descrito no Livro de Êxodo 32. O texto descreve a lamentável apostasia do povo de Israel em querer o “novo” de Deus. 
 
Essa palavra está sendo verberada na maioria das igrejas hoje. Todos querem o “novo” conhecimento, a “nova unção” e batem contra aqueles que teimam em continuar com a Bíblia antiga.
 
Fazendo um paralelo entre essa história bíblica, vemos que só mudou o tempo, o enredo é o mesmo e quero compartilhar agora como a igreja, que nesse século adotou o culto ao bezerro de ouro moderno. 
 
O primeiro ponto a ser analisado é que todos querem coisas novas. E o novo muitas vezes assusta! A igreja cansou da “mesmice”. 
 
A forma em que Deus se manifestava diante do povo de Israel era com grande poder. Fogo, fumaça, tremor eram os sinais visíveis da presença de Deus no monte Sinai. Durante os 40 dias de permanência de Moisés no cume do monte, todos viam e sentiam a presença mesmo de longe da aparição de Deus naquele lugar.
 
Mas de tanto ver e ouvir a mesma coisa todos os dias, o povo se enfadou, se cansou e quis algo novo. Essa novidade que muitos estão procurando hoje em dia, é que está acabando com a igreja brasileira. 
 
Enquanto Moisés experimentava o sobrenatural de Deus e não se cansava do mesmo poder todos os dias, o povo se perdera ao pé do monte se acercando de invencionices.
 
Arão, mesmo conhecendo o Deus Jeová, não demorou muito a ceder ante ao clamor do povo que queria algo novo, uma nova unção, um jeito extravagante de adoração como se prega hoje em dia. 
 
Arão, representa os pastores que fazem o que o povo quer, o que a massa ordena, afinal, a voz do povo é a voz de Deus. Pensamento puramente diabólico esse! 
 
Esses pastores não têm escrúpulos nenhum em mudar a forma de ensino para agradar a turba sedenta do desvio espiritual.  
 
Aquele povo, que tinha visto Deus fazer maravilhas até então, resolvem construir uma réplica em miniatura do boi Ápis, divindade adorada no Egito. Porque não construíram logo um boi e sim um bezerro? Simplesmente porque não queriam chocar de vez as pessoas.
 
Exatamente o que vem acontece em nosso meio. Os bezerros de ouro estão entrando na igreja travestidos de santidade. Da mesma forma que o argumento do bezerro era somente o bezerro e não o boi Ápis propriamente dito, o que vem acontecendo hoje nas igrejas é a migração das festas mundanas para os templos com nomes diferentes, mas com a mesma essência. 
 
Então temos o carnaval "gospel" de Cristo, festa jesuína, os arraiais, os shows gospel, o bar gospel, a boate gospel, o motel gospel... As festas temáticas, anos 60, 70, etc... 
 
Ao questionar uma dessas festas se as músicas tocadas seriam hinos dos anos citados, obtive a resposta que não conheciam os hinos dessas décadas. 
 
Aí se vê o contrassenso: pegaram hinos da Harpa Cristã com ritmos daquela época e fizeram a massa gingar e "adorar"! Ao som da balada gospel... Sem mais comentários...
 
Misturam o sagrado com o profano como os israelitas fizeram dando honras ao bezerro fundido. Estão profanando a casa de Deus usando o templo para as baladas, regadas à música alta, batidas de funk, rock pesado, jogos de luzes. Não existe diferença entre uma casa noturna e muitas igrejas por ai.
 
Os pastores, na mesma mentalidade de Arão, permitem isso para agradar a massa desejosa em voltar para o velho mundo perdido. Ao fazerem isso, relembram os tempos de orgias que participavam. Os argumentos não resistem ao argumento mais fraco que possa existir. 
 
Segundo esses pastores, ao fazerem festas assim estão segurando a juventude na igreja. Melhor dentro do que fora. Esquecem que trazendo festas mundanas para segurarem jovens na igreja, terão que fazer festas muito mais promíscuas para segurarem os mesmos dentro dela! 
 
Um abismo chama outro abismo. Além do mais, é impossível fazer festas copiadas do mundo com a mesma qualidade.
 
O bezerro de ouro da atualidade faz com que essas pessoas adotem uma postura totalmente diferente dos verdadeiros adoradores. Não há regras, não há limites. É proibido proibir. O que é importante é ser louco por Jesus, é ser extravagante, é tirar o pé do chão, é pisar na cabeça do diabo (que ri da idiotice desse povo sem conhecimento).
 
Quem se opõe é retrógrado, é fariseu, é antiquado e intolerante. 
 
Josué era um desses. Enquanto Moisés estava no cume do monte, Josué estava ao sopé da montanha aguardando ordens. Ele ouvia o barulho da multidão ensandecida. Não era barulho de vencedores e nem de vencidos. O que vemos hoje é exatamente isso. 
 
O som alto só serve para alegrar os corpos loucos para se entregarem ao desejo frenético. As luzes e a fumaça são fogos estranhos que compõe o ambiente pecaminoso. 
 
Digo com toda a certeza. Da mesma forma que aquela visão do bezerro provocava os desejos mais bestiais naquele povo, hoje não é diferente com as pessoas que se dizem cristã, mas negam a eficácia dessa declaração se comportando como os mundanos.
 
Onde vamos parar? Vai chegar a hora que Moisés (Deus) irá descer do monte e separar os justos dos ímpios. Da mesma forma que naquele dia, foram ajuntados alguns poucos que não tinham misturado com a turba pecadora, hoje, é urgente fazer o mesmo! 
 
Tem que haver a separação daqueles que não aceitam essa adoração diabólica. Esses cantores sem compromisso com Deus devem ser calados. Não precisamos de "cantores astros", precisamos de cantores candeias! 
 
Os pastores de multidões devem ser confrontados. Hoje não se pode falar contra esses “ungidos”. Estão usando a unção como imunidade para fazerem o que bem querem com as pessoas que querem ser guiadas por caminhos tortuosos. 
 
Inverteram as coisas. As ovelhas, na maioria lobos travestidos, tomando o lugar do pastor e devorando as ovelhas desnutridas. Não se tem ensinamentos com antes.  
 
Existem centenas de igrejas em que seus templos se transformaram em altares erguidos a Baal e outras entidades. Como não tem luz do Espírito Santo, apelam para as luzes de neon e LED para iluminar suas presenças. Mais se parecem com casas noturnas.

Mas como Deus proferiu o juízo contra Belsazar (Daniel 5) ao misturar o sagrado com o profano, Deus não deixará passar impune esses  “adoradores extravagantes”. 
 
O resultado é fácil de notar. Igrejas que não estão cheias e sim inchadas. O espaço para a mensagem da cruz não existe e quando tem espaço, são mensagem massageadoras de ego, passando a mão no pecado e pregando um amor que Deus não tem e não pratica. 
 
A igreja precisa saber que Deus é Santo e por ser Santo, não tolera o pecado e todos que pecam receberá o seu salário. 
 
Mas essa pregação assusta e não faz efeito em meio a essa geração perversa. Que nós continuemos sendo sal e luz desse mundo e coloquemos abaixo os ídolos que se encontram postados na casa de Deus.
 
Fonte: Pb. Luciano Santos
Adaptado pelo: Pastor Gil Corrêa.
Diretor e Pesquisador
Ministério Adonai e O Portal do Saber.