quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Verdadeira História de Cosme e Damião


A VERDADEIRA HISTÓRIA DE COSME E DAMIÃO


Os gêmeos árabes Cosme e Damião eram filhos de uma nobre família de cristãos. Nasceram por volta do ano 260 d.C., na região da Arábia e viveram na Ásia Menor, no Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina, profissão a qual se dedicaram após estudarem e diplomarem-se na Síria.

Tornaram-se profissionais muito competentes e dignos, e foram trabalhar como médicos e missionários na Egéia.

Amavam a Cristo com todo o fervor de suas almas, e decidiram atrair pessoas ao Senhor através de seu serviço. Por isso, não cobravam pelas consultas e atendimentos que prestavam, e por esse motivo eram chamados de "anárgiros", ou seja, “aqueles que são inimigos do dinheiro, ou, que não são comprados por dinheiro". 

A riqueza que almejavam era fazer de sua arte médica também o seu apostolado, para a conversão dos perdidos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais. Seus corações ardiam por ganhar vidas, e nisto se envolveram através da prática da medicina. Inspirados pelo Espírito Santo usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Confiando sempre no poder da oração, operaram verdadeiros milagres, pois em Nome de JESUS curaram muitos doentes, vários destes à beira da morte.

Também preocupavam-se em curar animais, pois sabiam que “toda a criação aguarda, com ardente expectativa, pela manifestação da glória de Deus em Seus filhos” (Romanos 8:18-19).

Manifestaram Autoridade do Alto, pregando o Evangelho com sinais e prodígios. Sua linguagem e sua pregação “não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de Poder” (I Coríntios 2:4). 

Desta forma, conseguiram plantar a semente da salvação em muitos corações, colhendo inúmeras conversões a JESUS. Cosme e Damião possuíam uma revelação clara do chamado que tinham como ministros do Evangelho, chamado que cumpriam no cotidiano da rotina profissional, ministrando Cristo através de seu trabalho.

Porém, as atividades cristãs dos médicos gêmeos chamaram a atenção das autoridades locais da época, quando o Imperador romano Diocleciano autorizou a perseguição aos cristãos, por volta do ano 300. Diocleciano odiava os cristãos porque eles eram fiéis a Jesus Cristo e não adoravam ídolos e esculturas consideradas sagradas pelo Império Romano.

Por pregarem o cristianismo, Cosme e Damião foram presos, levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam. Ao serem questionados quanto as suas atividades, eles responderam: "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, pela força do Seu poder".

Eles conheceram os princípios da fé cristã quando ainda eram crianças, e por isso recusaram-se a adorar os deuses pagãos, apesar das ameaças de serem duramente castigados. Ante o governador Lísias, ousaram declarar que aqueles falsos deuses não tinham poder algum sobre eles, e que só adorariam o Deus Único, Criador do Céu e da Terra. Mantiveram a Palavra do testemunho de Cristo, impressionando a todos por seu Amor e sua entrega a JESUS.

Não renunciaram aos princípios de Deus, e sofreram terríveis torturas por isso. Mas mesmo torturados, não abalaram sua convicção e jamais negaram a fé. Em 303, o Imperador decretou que fossem condenados à morte na Egéia. 

Os dois irmãos foram colocados no paredão para que quatro soldados os atravessassem com setas, mas eles resistiram às pedradas e flechadas. Os militares foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação, honra reservada só aos cidadãos romanos. E assim, Cosme e Damião foram martirizados. 

Cem anos depois disso, iniciou-se uma terrível idolatria aos seus restos mortais e às imagens que foram esculpidas em sua homenagem. Dois séculos após sua morte, por volta do ano 530, o Imperador Justiniano ficou gravemente doente e deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra de Cosme e Damião. 

A fama dos gêmeos também correu no Ocidente, a partir de Roma, por causa da basílica dedicada a eles, construída a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. A solenidade de consagração da basílica ocorreu num dia 26 de setembro e assim, Cosme e Damião passaram a ser festejados, pela igreja católica, nesta data.

Os nomes de Cosme e Damião são pronunciados inúmeras vezes, todos os dias, no mundo inteiro. Até hoje, os gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente na Itália, França, Espanha e Portugal. 

Além disso, são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência, também, são invocados como protetores das crianças. Por isso, na festa dedicada a eles, é costume distribuir balas e doces para as crianças.

Aqui no Brasil, a idolatria uniu-se à feitiçaria. A devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibejis ou Erês) da tradição africana yorubá. Cosme e Damião, os santos mabaças ou gêmeos, são tão populares quanto Santo Antônio e São João. 

São amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de candomblé e terreiros de umbanda, no dia 27 de setembro, quando crianças saem aos bandos, pedindo doces e esmolas em nome dos santos.

Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé, em relação às representações de Cosme e Damião, é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles. 

Essa criança é chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade. Na festa da tradições afro, enquanto as crianças se deliciam com a iguaria consagrada, os adultos ficam em volta entoando cânticos (oríns) aos orixás.

Triste é ver a total profanação dos Princípios Eternos pelos quais os gêmeos árabes morreram. Nunca Cosme de Damião deram-se aos ídolos e jamais praticaram magia ou ocultismo, embora tenham sido acusados de fazê-lo. 

Mas o pecado do homem e a maldade de Satanás, que distorce os padrões do SENHOR, fazem com que o engano se propague por gerações, através dos séculos, tornando o mal uma tradição cultural. 

Eles foram cristãos fiéis até o fim amaram o SENHOR sem medida e sem restrições manifestaram JESUS em suas vidas diárias e assim, ganharam inúmeras almas ao SENHOR, através do Amor e da Pregação. 

É neste testemunho que nós devemos nos inspirar.

PARA PENSAR:

Ø Você acha que Cosme e Damião se ajoelhariam ou rezariam para uma imagem pedindo proteção ou ajuda?

Ø Como você acha que eles se sentiriam vendo vocês fazendo isso?

Ø Será que JESUS CRISTO também ficaria triste? É claro que sim, pois foi Jesus quem falou: “Eu sou o caminho e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao pai, senão por mim.” (João 14:6).

Ø Portanto não adiante pedir nada a Cosme e Damião, a São João, São Paulo, Santa Maria ou outro “santo” qualquer.

Ø Devemos buscar somente a JESUS, o FILHO DE DEUS. Foi Ele que morreu por nós numa cruz, ressuscitou ao terceiro dia e hoje roga a DEUS por nós. (I Timóteo 2:5; I João 2:1).

Ø Isso quer dizer que comer doces de Cosme e Damião está errado? CLARO! Se eu quiser comer, compro um. Eu não como os doces de Cosme e Damião, porque quem distribui doces nesse dia faz isso porque fez promessas a eles.

Ø Você sabia que esses doces são oferecidos aos “santos”, em algum terreiro de macumba ou centro espírita como pagamento de promessas? E se eu comer estarei apoiando e concordando com o erro deles. A Bíblia diz que não pode haver amizade entre luz e escuridão, nem entre Jesus e o diabo (II Coríntios 6:14-16). E, a Bíblia diz mais: “DEUS É LUZ E NELE NÃO HÁ TREVAS NENHUMA”. Além disso, esses que parecem ser “santos”, nos terreiros ou centros, são na realidade demônios (ajudantes do diabo) que estão enganando tais pessoas. (I Coríntios 10:19-21)

Ø Viu, porque não se deve comer os doces, balas e salgados de Cosme e Damião? Pois a Bíblia diz em Romanos 10:11 que aquele que crê em JESUS nunca fica confundido ou em dúvidas nesse assunto.


Mais Um Detalhe a Acrescentar:

O ensinamento de que o homem deve recorrer aos mortos para receber ajuda é amplamente divulgado pelo espiritismo e outras seitas por todo o mundo. É costume entre os católicos afirmarem: "Por que as pessoas que foram tão boas não podem nos ajudar?".

Para esclarecimento dos leitores, e em resposta às seitas, vejamos alguns motivos por que ninguém deve praticar consultas aos mortos:

1) É proibida por Deus (Deuteronômio 18:9-11);

2) Quem faz isso, não possui luz nele (Isaías 8:19-20);

3) Os mortos não são nossos mediadores (1 Timóteo 2:5).

Outros motivos dizem respeito ao fato de que não precisamos de seus auxílios. Vejamos porquê:

1) Temos a confiança de que podemos nos aproximar diante de Deus e sermos socorridos pelo Senhor (Hebreus 4:16);

2) Jesus é o nosso intercessor (1 Timóteo 2:5);

3) Todo aquele que é nascido de novo pela fé é chamado santo (Romanos 1:7; Efésios 3:8; Efésios 4:11-12);

4) Cristo está o tempo todo intercedendo por nós (Hebreus 7:25).

Quando recorremos ao auxílio de algum santo (neste caso, Cosme e Damião), isso implica que Cristo é insuficiente, tanto para salvar como para abençoar as nossas crianças e os profissionais da área da medicina.

A oração é uma forma de culto. E foi o Senhor Jesus quem disse: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto" (Mateus 4:10). 

Não devemos ser levados por filosofias vãs (Colossenses 2:8), antes, prestar o nosso culto racional a Deus (Romanos 12:1). 

Devemos, isso sim, nos desvencilhar dos preceitos de homens (Marcos 7:7), para que não ofereçamos a Deus um culto vão (1 Coríntios 10:19-20).

Sabe qual é a má notícia sobre Cosme e Damião: Eles não podem nos ajudar!

Sabe qual é a boa notícia a respeito de Cristo: Ele "é o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6).


Fontes

* Núcleo de Apoio Cristão

* APEC – Aliança Pró Evangelização das Crianças 


Pastor Gil Corrêa
Diretor, Escritor e Pesquisadpr
Ministério Adonai - O Portal do Saber
Setembro/2014.