sábado, 9 de março de 2013

Pedofilia na Igreja Católica



Pedofilia na Igreja Católica



Recentemente relatos de casos de pedofilia vêem afligindo a Igreja Católica e fazendo dessa uma instituição cada vez menos respeitada. E conseqüentemente, o atual Papa Bento XVl, que em meio aos caos vivido pela Igreja Católica se encontra também mais envolvido do que nunca com o escândalo.



Os relatos de casos de pedofilia praticados por membros da Igreja Católica vêem sendo noticiados diariamente e quase que com exaustão pela mídia, não só nacional quanto internacional.



Esses fatos que agora são noticia e que vem causando grande polêmica remontam aos anos 80 - mais precisamente 1985 - quando o até então Arcebispo da Arquidiocese de Munique, na Baviera, o atual papa Bento XVl, em uma carta resiste a um pedido de afastamento do padre americano Sphen Kiesle, envolvido em um escândalo de pedofilia.



Para esclarecer melhor esta questão, do porque o assunto voltou a luz depois de 24 anos, é oportuno recordar a recente onda de novas denuncias sobre abusos cometidos por sacerdotes.



A divulgação do caso do padre Lawrence Murphy, que segundo acusação teria abusado sexualmente de cerca 200 crianças do instituto para deficientes auditivos nos Estados Unidos, provocou duras criticas e questionamentos sobre a conduta da Igreja Católica.



Diante dos casos de abusos sexuais envolvendo padres da Igreja Católica em diversas partes do mundo muitos chegaram até a pedir a renúncia do papa. Outros ainda, mais radicais, como os dois renomados intelectuais britânicos Richard Dawkins e Christopher Hitchens expressaram a intenção de processar o papa Bento XVI.



Nesse caso, o papa Bento XVl receberia voz de prisão no decorrer da já marcada visita do papa às cidades de Glasgow e Cantuária, em Setembro próximo.



E se como não bastasse só os casos de pedofilia envolvendo a Igreja, se adiciona a lista a recente e muito polêmica declaração do cardeal Tarcisio Bertone, que a poucos dias disse que a causa por trás dos casos de pedofilia na Igreja seria o homossexualismo.

As denúncias mais graves de pedofilia na igreja atingiram seu auge em 2009 e 2010. Segundo elas, dioceses locais e o próprio Vaticano foram cúmplices no acobertamento de inúmeros casos de pedofilia, hesitando em punir padres pedófilos e às vezes mudando-os para postos nos quais continuaram a praticar abusos.

Enquanto algumas autoridades católicas inicialmente qualificaram as acusações de serem parte de uma campanha contra a Igreja, o papa aceitou a responsabilidade pelos episódios, falando em "pecados dentro da Igreja".

Bento 16 encontrou vítimas e emitiu pedidos de desculpas inéditos. Enfatizou que os bispos notifiquem os casos de abusos e introduziu novas regras para apressar a apuração de denúncias de pedofilia.

Para os simpatizantes de Bento 16, ele foi o papa que mais agiu contra os abusos.

Críticos, porém, dizem que foi necessário um bom tempo para que o alemão compreendesse a seriedade dos crimes que lhe eram notificados e ele permitiu que os abusos ficassem sem resposta por anos para evitar arranhar a imagem da Igreja.

Grupos que representam vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica afirmam que o papa Bento 16 não fez mais para combater esse tipo de crime porque não quis.

O pontífice anunciou a sua renúncia na segunda-feira (11/02/2013) e ficou no cargo até 28 de fevereiro de 2013.

Nos oito anos em que esteve à frente da Igreja Católica, vieram à tona diversas acusações de abusos que, durante décadas, foram acobertados pela Igreja. Os escândalos atingiram países como Irlanda, Alemanha, Estados Unidos e Bélgica.

"Poder ele tinha. É um dos homens mais poderosos do mundo e certamente o mais rico. Mas ele não fez muito além de se desculpar e fazer promessas vazias", afirmou Barbara Dorris, uma das diretoras do grupo norte-americano Snap (Survivors Network of those Abused by Priests - do inglês, "rede de sobreviventes dos abusados por padres").

"Ele poderia ter afastado clérigos americanos que comprovadamente eram abusadores, mas não fez. Por que não?", questiona.

O perfil conservador de Bento 16 foi o principal entrave para se avançar no combate aos abusos, segundo a inglesa Anne Lawrence, que coordena a entidade britânica Macsas (Ministry and Clergy Sexual Abuse Survivors) - na tradução livre "sobreviventes de abuso sexual pelo clero".

"Não há ninguém mais à direita do que ele. Por anos, antes de se tornar papa, ele teve acesso a documentos com relatos de abuso e nada fez. Quando virou papa, não houve nada de concreto. É lamentável", critica.

Para Anne Lawrence, a renúncia do papa não causa apenas surpresa ao mundo, mas revela uma profunda divisão na Igreja Católica.

O abuso sexual de menores por membros da Igreja Católica refere-se aos atos de abuso sexual de crianças por clérigos (cerca de 2% a 4% dos clérigos nos EUA foram acusados) da Igreja Católica. Foram feitas denúncias de abuso sexual de menores em muitas partes do mundo, com os casos mais notórios a chegarem às primeiras páginas no Brasil, Portugal, Alemanha, Austrália, Espanha, Bélgica, França, Reino Unido, Irlanda, Canadá e Estados Unidos da América.



Os escândalos sucessivos levaram, em março de 2010, o próprio Papa Bento XVI a proferir respostas como a de que Deus guiará "no caminho da coragem que precisamos para não nos deixarmos intimidar pelas fofoquinhas da opinião dominante e nos dar coragem e paciência para apoiar os outros".



Enquanto em Londres católicos se juntavam na frente da Abadia de Westminster pedindo a sua saída, e para que "não feche os olhos".



Na Suíça, na mesma época, a presidente Doris Leuthard defendeu a criação de um "cadastro de padres pedófilos", como medida cautelar e, nos EUA, o jornal The New York Times acusava o Papa de ter diretamente se omitido nos casos de pedofilia ocorridos naquele país e na Alemanha, na década de 1980.



Após investigações levadas a cabo nos Estados Unidos da América e no Reino Unido, ficou provado que alguns bispos transferiram diversas vezes os padres suspeitos de abuso em detrimento de medidas mais drásticas.



As dioceses defendem-se indicando que tais transferências deveram-se apenas à procura de tratamento adequado aos casos em questão.



Outro fato importante é que em 1962 o papa João XXIII enviou uma carta a todos os bispos católicos em que indicava expressamente que as investigações de atos de abusos sobre menores dentro da Igreja deveriam ser mantidas em segredo.



As vítimas, no entanto, não estavam abrangidas por essa ordem. É de se ressaltar que nem essa carta nem o código de direito canônico sugeriam aos bispos que deixassem de informar os casos às autoridades.



Face às crescentes denúncias e ao escândalo descoberto, o cardeal português José Saraiva Martins afirmou que "não devemos estar muito escandalizados se alguns bispos sabiam dos casos, mas mantiveram segredo”.



Verdadeiramente estamos vivendo nos últimos dias dessa civilização decadente e repulsiva. A Bíblia está corretíssima ao afirmar que:



Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses” (II Timóteo 2:1-5).



Infelizmente, esses inimigos do bem estão dentro da própria igreja, não somente da Católica, mas de toda a cristandade...



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