domingo, 10 de março de 2013

Perguntas Sobre o Catolicismo - Parte 1



Perguntas sobre o Catolicismo - Parte 1

Sejamos bastante claros: Nós fortemente acreditamos que a Bíblia deve ser nosso guia de fé e prática. Enquanto reconhecemos o valor das tradições da igreja, nos recusamos a aceitar qualquer tradição que não esteja claramente embasada pela Palavra de Deus. 

Nosso “conflito” com o Catolicismo é no que diz respeito à adequada interpretação da Bíblia. 

A seguir listamos as perguntas mais freqüentes que recebemos dos católicos e a respeito do Catolicismo.

Recebemos muitas “reclamações” de católicos dizendo que nossos artigos sobre a Igreja Católica Romana não expressam com precisão o que a Igreja Católica verdadeiramente ensina e pratica. Também recebemos muitos elogios de ex-católicos afirmando que nossos artigos sobre a Igreja Católica Romana são totalmente verdadeiros.

Todos os nossos artigos sobre os tópicos do Catolicismo foram escritos por ex-católicos que deixaram a Igreja Católica depois de compararem o que ensina a Igreja Católica com as práticas da Bíblia.

Os artigos são fruto de muita pesquisa. Nós fortemente acreditamos que eles representam com exatidão as doutrinas da Igreja Católica. Você poderá discordar com nossas conclusões, mas são o resultado de anos sendo católico, sendo instruído na doutrina católica, praticando Catolicismo, estudando a teologia católica e trocando idéias com católicos.

Não estamos açoitando a Igreja Católica, e não odiamos os católicos (pelo contrário, amamos nossos irmãos e oramos diariamente para que os seus olhos espirituais sejam aberto). 

Nós simplesmente cremos que há alguns problemas doutrinais bastante sérios com a Igreja Católica, problemas com os quais precisamos biblicamente lidar.

Repetimos: a Verdade às vezes dói e machuca, mas continua sendo Verdade!

Também há a questão de que as práticas de muitos católicos se originam de “tradições oficiais” da Igreja Católica Romana. 

Por exemplo, a Igreja Católica Romana não ensina “oficialmente” que os católicos adorem a Maria, mas ao invés disso, que dêem a ela honra e reverência.

Contudo, através de observação, fica bastante claro que muitos católicos de fato adoram a Maria. Isto é o resultado de que a Igreja Católica Romana não faz um bom trabalho em ensinar e explicar suas doutrinas.

Muitos católicos são completamente ignorantes no que diz respeito ao que as doutrinas e práticas católicas realmente significam. 

Alguns de nossos artigos relacionados ao Catolicismo podem estar respondendo mais às práticas não-bíblicas de alguns (ou a maioria) dos católicos, e não necessariamente às “posições oficiais” da Igreja Católica Romana.


Qual a origem da Igreja Católica?


Resposta: A Igreja Católica Romana declara que sua origem é a morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo em aproximadamente 30 d.C. A Igreja Católica proclama a si própria como a Igreja pela qual Jesus Cristo morreu, a Igreja que foi estabelecida e construída pelos Apóstolos. É esta a verdadeira origem da Igreja Católica? Pelo contrário.

Mesmo uma leitura superficial no Novo Testamento irá revelar que a Igreja Católica não tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, ou de Seus apóstolos.

No Novo Testamento, não há menção a respeito do papado, adoração a Maria (ou a imaculada concepção de Maria, a virgindade perpétua de Maria, a ascensão de Maria ou Maria como co-redentora e mediadora), petição por parte dos santos no Céu pelas orações, sucessão apostólica, as ordenanças da igreja funcionando como sacramentos, o batismo de bebês, a confissão de pecados a um sacerdote, o purgatório, as indulgências ou a autoridade igual da tradição da igreja e da Escritura.

Portanto, se a origem da Igreja Católica não está nos ensinamentos de Jesus e Seus apóstolos, como registrado no Novo Testamento, qual a verdadeira origem da Igreja Católica?

Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino.

Constantino “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo.

Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir. Mesmo que isto aparente ser um desenvolvimento positivo para a igreja cristã, os resultados foram tudo, menos positivos.

Logo Constantino se recusou a abraçar de forma completa a fé cristã, mas continuou com muitos de seus credos pagãos e práticas. Então, a igreja cristã que Constantino promoveu foi uma mistura de verdadeiro Cristianismo e paganismo romano.

Constantino achou que, com o Império Romano sendo tão grande, vasto e diverso, nem todos concordariam em abandonar seus credos religiosos e abraçar o Cristianismo. Então, Constantino permitiu, e mesmo promoveu a “cristianização” de crenças pagãs. Crenças completamente pagãs e totalmente não-bíblicas ganharam nova identidade “cristã”.

Seguem-se alguns claros exemplos disso:

(1) O Culto a Ísis, deusa-mãe do Egito e esta religião, foram absorvidas no cristianismo católico, substituindo-se Ísis por Maria. Muitos dos títulos que eram usados para Ísis, como “Rainha dos céus”, “Mãe de Deus” e “theotokos” (a que carregou a Deus) foram ligados a Maria.

A Maria foi dada um papel exaltado na fé cristã, muito além do que a Bíblia a ela atribui, com o fim de atrair os adoradores de Ísis para uma fé que, de outra forma, não abraçariam.

Na verdade, muitos templos a Ísis foram convertidos em templos dedicados a Maria. A primeira indicação clara da Mariologia Católica ocorre nos escritos de Origen, que viveu em Alexandria, Egito, que por acaso era o lugar principal da adoração a Ísis.

(2) O Mitraísmo foi uma religião no Império Romano do 1º ao 5º século d.C. Foi muito popular entre os romanos, em particular entre os soldados romanos, e foi possivelmente a religião de vários imperadores romanos.

Mesmo que jamais tenha sido dado ao Mitraísmo um status “oficial” no Império Romano, foi de fato religião oficial até que Constantino e imperadores romanos que o sucederam substituíram o Mitraísmo pelo cristianismo católico.

Uma das principais características do Mitraísmo era a refeição sacrificial, que envolvia comer a carne e beber o sangue de um touro. Mitras, o deus do Mitraísmo, estava “presente” na carne e no sangue do touro, e quando consumido, concedia salvação àqueles que tomavam parte da refeição sacrificial (teofagia, comer o próprio deus).

O Mitraísmo também possuía sete “sacramentos”, o que faz com que as semelhanças entre o Mitraísmo e o Catolicismo Romano sejam tão numerosas que não as podemos ignorar.

Constantino e seus sucessores encontraram um substituto fácil para a refeição sacrificial do Mitraísmo no conceito da Ceia do Senhor (a comunhão cristã católica).

Infelizmente, alguns cristãos primitivos já haviam ligado o misticismo à Ceia do Senhor, rejeitando o conceito bíblico de uma simples e adorativa rememoração da morte e sangue derramado de Cristo.

A romanização da Ceia do Senhor completou a transição para a consumação sacrificial de Jesus Cristo, agora conhecida como a Missa Católica/Eucaristia.

(3) A maioria dos imperadores romanos (e cidadãos) era henoteísta. Um henoteísta é alguém que crê na existência de muitos deuses, mas dá atenção especial a um deus em particular, ou considera um deus em particular como supremo e acima dos outros deuses.

Por exemplo, o deus romano Júpiter era supremo acima do panteão romano de deuses. Os marinheiros romanos eram freqüentemente adoradores de Netuno, o deus dos oceanos.

Quando a Igreja Católica absorveu o paganismo romano, ela simplesmente substituiu o panteão de deuses pelos santos. Assim como no panteão romano de deuses havia um deus do amor, um deus da paz, um deus da guerra, um deus da força, um deus da sabedoria, etc., da mesma forma, na Igreja Católica havia um santo “responsável” por cada uma destas coisas, e muitas outras categorias.

Assim como muitas cidades romanas tinham um deus específico para ela, também a Igreja Católica providenciou “santos padroeiros” para as cidades.

(4) A supremacia do bispo romano (o papado) foi criada com o apoio de imperadores romanos. Com a cidade de Roma sendo o centro do governo para o Império Romano, e com os imperadores romanos vivendo em Roma, a cidade de Roma alcançou proeminência em todos os aspectos da vida.

Constantino e seus sucessores deram apoio ao bispo de Roma como governante supremo da Igreja. Logicamente é o melhor para a unidade do Império Romano que o governo e estado religioso sejam centralizados no mesmo lugar.

Mesmo a maioria de outros bispos (e cristãos) resistindo à idéia da supremacia do bispo romano, o bispo romano ascendeu à supremacia, por causa do poder e influência dos imperadores romanos.

Quando houve a queda do Império Romano, os papas tomaram para si o título que anteriormente pertencia aos imperadores romanos - Máximo Pontífice.

Muitos outros exemplos poderiam ser dados. Estes quatro devem ser suficientes para demonstrar a verdadeira origem da Igreja Católica.

Logicamente a Igreja Católica Romana nega a origem pagã de seus credos e práticas. A Igreja Católica disfarça suas crenças pagãs sob camadas de teologia complicada. A Igreja Católica desculpa e nega sua origem pagã sob a máscara de “tradição da igreja”.

Reconhecendo que muitas de suas crenças e práticas são em essência estranhas à Escritura, a Igreja Católica é forçada a negar a autoridade e suficiência da Escritura Sagradas.

Ou Seja, negam a autoridade da Palavra de Deus.

A origem da Igreja Católica é a trágica mistura de Cristianismo com religiões pagãs que o cercavam. Ao invés de proclamar o Evangelho e converter os pagãos, a Igreja Católica “cristianizou” as religiões pagãs e “paganizou” o Cristianismo.

Embaçando as diferenças e apagando as distinções, sim, a Igreja Católica se fez atraente às pessoas do Império Romano. O resultado foi que a Igreja Católica se tornou a religião suprema no “mundo romano” por séculos.
Contudo, um outro resultado foi a mais dominante forma de apostasia cristã do verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo e da verdadeira proclamação da Palavra de Deus.

A Verdadeira Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras, declara:

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (II Timóteo 4:3-4).

Fonte:  GotQuestions.org

Gil Corrêa
Diretor, Escritor e Pesquisador
O Portal do Saber