domingo, 1 de abril de 2012

Cuidado! Meth - O Cristal Devastador


A droga que mais preocupa as autoridades americanas começa a aparecer em festas ‘raves’ no Brasil. Nos Estados Unidos, a meth é tratada como uma epidemia sem precedentes. As pedras, que lembram cristais, podem levar a morte.
 

Uma pedra cristalina, aparentemente inofensiva, tornou-se o pesadelo da sociedade americana. A droga conhecida como ‘crystal meth’ ou ‘ice’ – entre outros nomes, uma vez que os usuários são muito criativos – tem o nome técnico de metanfetamina, é destrutiva e pode ser usada das mais variadas formas: ingerida em cápsula, derretida para ser injetada, cheirada como a cocaína ou fumada como o crack.
 

Com o tempo, a sensação de euforia e o aumento do desejo sexual, produzido pelas altas doses de dopamina liberadas no cérebro, dão lugar a pânico, alucinações, agressividade, convulsões, falta de apetite, risco de derrame, colapso cardiovascular, corrosão de dentes e gengivas.
 

A droga não custa levar o usuário a morte – e está sendo considerada uma epidemia sem precedentes. Esse quadro assustador dá seus primeiros passos também no Brasil. Desde o começo do ano de 2005, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos vem fazendo apreensões da droga em festas ‘raves’ e faculdades de São Paulo.
 

No dia 20 de agosto de 2005, a Operação Dancing, de combate ao tráfico de drogas sintéticas, prendeu 20 jovens numa festa ‘raves’ em Indaiatuba, no interior do Estado de São Paulo, com ‘ecstasy’, LSD, maconha e a preocupante novidade, o ‘crystal meth’.
 

Ainda não há pistas de como o tóxico entra no país porque a polícia não conseguiu chegar aos traficantes. Assim como o ‘ecstasy’, por aqui o ‘crystal meth’ custa caro e está restrita à classe média alta. Nos Estados Unidos, antes de entrar na moda, foi durante muito tempo a droga típica do meio rural, produzida em laboratórios de fundo de quintal a partir de ingredientes tirados de remédios comuns.
 

O Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas de São Paulo também registra a presença da ‘crystal meth’. O diretor da Instituição, o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, já identificou o uso do entorpecente entre jovens pacientes.
 

– “Quem experimentou utiliza outros tipos de drogas. A descrição é de um ecstasy turbinado”, diz. O médico considera preocupante o surgimento da moda. – “Por ser sintética e misturada com substâncias cuja reação no corpo é desconhecida, pode se tornar um sério problema de saúde pública”, destaca.
 

A pseudoefedrina – usada para produzir metanfetamina, um derivado sintético mais potente da anfetamina – é o estimulante que dá base a droga. É relativamente fácil de produzir, mas perigoso. São comuns explosões nos laboratórios clandestinos que proliferaram no interior dos EUA.
 

Mais de 12 milhões de americanos já experimentaram metanfetaminas e 1,5 milhão são usuários regulares, de acordo com estimativas governamentais. Ao que parece, nenhum dos Estados escapou da ‘crystal meth’. O estado de Missouri está no topo da lista, com mais de 8 mil laboratórios clandestinos.
 

Pesquisa da National Association of Counties feita com autoridades de 45 dos 50 estados americanos mostrou que, para 58% deles, a ‘crystal meth’ é, atualmente, a droga mais preocupante. Depois vêm a cocaína, com 19%, a maconha, com 17%, e a heroína, com 3%.
 

A metanfetamina não é uma droga nova. Como a maconha e a heroína, porém, tornou-se mais poderosa graça à tecnologia. Foi proibida nos anos 70, mas continuou a ser fabricada clandestinamente no interior dos EUA. Na década passada, o tráfico organizado mexicano começou a produzir o ‘crystal meth’. Hoje, metade da droga consumida é feita no México.
 

Os nomes dados a droga: ‘crystal meth’, ‘ice’, ‘glass’, ‘speed’, etc...
 

Os problemas causados: 58% dos Estados americanos têm a droga como a mais grave questão de saúde pública.
 

No Brasil: é destrutiva e pode ser usada das mais variadas formas: ingerida em cápsula, derretida para ser injetada, cheirada como a cocaína ou fumada como o crack. Aqui no Brasil a forma mais utilizada é em cápsulas.